É o cinema

Fui esta semana visitar uma fábrica.
No meio de uma visita (técnica) onde eu pouco acrescentei ao trabalho desenvolvido (a visita era mais técnica, mas valeu a pena conhecer in loco os locais que apenas vejo traduzidos em números, TIRs e NPVs nos modelos), dei por mim a imaginar outras cenas.
Enquanto as explicações de engenheiros versavam sobre caldeiras e UTAs, … a minha imaginação deambulava por outras paragens. Pensava na vida que me acontecia, pensava no sentido ou não que as coisas teriam… pensava também nas (terríveis) condições de trabalho em que aqueles operários se movimentavam… calor, cheiro, barulho.
Linhas de montagem, movimento automático, maquinaria insensível… e pessoas como autómatos.
Dificilmente conseguia articular um pensamento fluido, toldado que estava pela vida que me ultrapassava.
A dada altura, lembrei-me de uma cena capaz de me deslocar, naquela fábrica, para o “local” dos meus pensamentos: imaginei uma cena de um filme, uma cena final de um filme, um dos grandes filmes de 82, mas com outros personagens. Personagens reais.

http://www.youtube.com/watch?v=8zziEEDSxGM&feature=related

(pena só ter conseguido arranjar em italiano…)

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