Falar sobre música é para mim estranho, por não perceber nem conhecer muito.
Se conhecer 3 artistas da actualidade já é muito (não contando os que ainda estão no activo mas que vêm de há décadas).
Houve no entanto um grupo que me chamou a atenção há uns 2 anos, quando conheci o primeiro álbum, Hopes and Fears (de 2004).
O Pop britânico tem sido dos poucos géneros que ainda me tem dito qualquer coisa (Oasis, The Verve, …), e os Keane surpreenderam-me como já não acontecia desde Morning Glory (devia ter eu uns 14 ou 15 anos). Comprei depois um outro álbum (Perfect Symmetry, de 2008), mas, não tendo achado nada de especial, fiquei-me pelo primeiro, que continuei a ouvir vezes sem conta.
Com o lançamento de Strangeland e a vinda a Portugal pela n-ésima vez, resolvi sacar este último álbum. Tenho andado de tal modo afastado da compra de música original que nem tinha conhecimento da artimanha dos “bonus tracks”: lançam 2 álbuns: um com 2 ou 3 faixas extra e outro sem, e metem-lhe mais 4 ou 5 euros em cima e chamam-lhe “Edição de Luxo”.
Entretanto saquei também os outros 2 álbuns para ficar com a discografia completa (Under the Iron Sea, 2006 e Night Train, um EP de 2010). E se o segundo álbum não é mau, o quarto não me cativou.
O Srangeland que saquei não tem músicas extra, mas não foi por isso deixou de ultrapassar Hopes and Fears.
Se marca um regresso a um género mais melancólico, e mais relacionado com o som do primeiro álbum, destaca-se de Perfect Symmetry pela fuga à música mais electrónica, e, na minha opinião, pela qualidade, não só da música mas também das letras.
E se ainda há músicas que vão rodando no púlpito das favoritas, o grupo das melhores está cada vez mais fechado. Mas há uma que vem desde o início, e cuja letra aqui coloquei há dias: The Starting Line. A sonoridade e a letra desta música marcam, em certa medida, o espírito do álbum.
Com Strangeland, os Keane igualaram os Coldplay e os Radiohead, cujos 5 primeiros álbuns também entraram para nº1 do top britânico (ficando a 2 álbuns do record dos Beatles).
Na música dos Keane há marcas que fazem a diferença: a utilização do piano como instrumento principal (o pianista é o compositor) é para mim a mais notória.
Ao mencionar uma ou outra música, corro o risco de daqui a uns dias serem outras as que mais me captam a atenção, contudo, Watch How You Go, Sovereign Light Cafe ou In Your Own Time têm sido as que mais têm passado em loop do telemóvel.
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