"...só me lembro de que, ao olhar para o relógio, pensei comigo: "Este minuto de agora, às onze e vinte da manhã, jamais poderá ser esquecido." E fechei os olhos, para fixar o momento mágico, torná-lo eterno. (...) Um segundo depois, (...) já pertencia ao passado, era apenas uma lembrança... (...) Desejei voltar, para recapturar o momento que se fora, mas senti que, se voltássemos, as coisas já não seriam iguais: o próprio Sol já se teria movido no céu, e projectaria outras sombras; (...) e um olhar para o relógio fez-me ver que mais de cinco minutos já se haviam passado."
Daphne Du Maurier in Rebecca, 1938
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