Vincent

Ouvi recentemente uma música que já havia ouvido muitas vezes em diferentes versões... Vincent de Don Mclean.

Não sabia o seu nome (pensava que se chamava Starry Starry Night) nem nunca havia prestado atenção à letra, e por isso, não imaginava que constituísse uma das mais belas homenagens que vi feitas a alguém.

Apenas sabia que gostava da melodia, mas quando, ao receber uma apresentação que tinha Vincent a acompanhar uma viagem pelos mundos que Van Gog percorreu ao longo da sua vida artística, vi uma legenda que, sendo simplesmente cada verso da canção, exprime uma sensação única, provocando uma reflexão do meu olhar em cada quadro de modo que, a meus olhos, nunca mais aqueles quadros de Van Gog serão os mesmos... ganharam vida, ultrapassaram a efemeridade... assim como o seu autor o conseguiu, para mim...

A letra, a sensibilidade que dela emana... o modo como cada nota pede um verso... e cada verso evoca uma imagem... e cada imagem nos dá a conhecer um pouco mais do seu criador... Vincent Van Gog.
Foi para mim notória a autenticidade com que Don Mclean interpretava a canção, a paixão que tinha por Van Gog, a clarividência com que exprimia, de um modo tão poético quanto preciso, as sensações que lhe assaltavam o íntimo...

Um momento de génio: uma obra de arte que é um tributo a uma obra de arte

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