Nasci com o cinema, com os filmes inocentes, de família ou de animação... os de que mais gostava eram os da Disney... Dumbo, Pinóquio ou O Livro da Selva.
Porque o cinema constitui uma das formas mais sublimes de expressão da vida, projecto-me no cinema, reconheço cada pedaço do que sou nos detalhes mais escondidos dos filmes mais improváveis, filmes que não existem senão no modo como eu os vejo... porque fazem parte de mim, porque as suas tristezas são as minhas alegrias e as suas alegrias sedimentam a minha tristeza.
Fui evoluindo, para a descoberta do drama, da magia do preto e branco ou do cinema europeu. O gosto que me assalta de cada vez que contacto com uma obra prima da sétima arte é autêntico, uma vez que tenho pena de não recordar com nostalgia a penumbra bafienta das salas de projecção. Mas também por isso, valorizo um filme pelo que ele é. E também pela relação que com ele estabeleço... pelo momento da vida em que o vejo, pelo estado de espírito com que o vejo, pela vontade com que o vejo... e esse vector de pequenas aleatoriedades moldam a imagem que dele formo em mim.
Recordo aqui e agora a magia que tem trazido até mim o sonho, e a tristeza e alegria que me empurram lentamente pela vida...
Do Céu Caiu Uma Estrela mostra o milagre eternamente esquecido da Vida, a celebração da existência tal como ela é, tal como somos (importantes para o mundo).
A dureza de uma realidade desconhecida faz-se de grandes histórias... Corpo e Alma ou A Lista de Schindler são exemplos extremos dessa expressão.
Repasso a vida que me fez quem sou até este momento e, mesmo neste dia (ou precisamente por isso), sinto a memória irromper a barreira da tranquilidade e sinto...
E quando sinto, recordo a coragem de Neil no Clube dos Poetas Mortos ou o sofrimento contido num Breve Encontro.
Sinto hoje a necessidade de reviver os movimentos que tornaram intemporais os intérpretes de uma era que não mais existirá: do neorealismo ao surrealismo, do sonoro ao filme negro, o aparecimento do stop motion: é hoje uma arte e um privilégio conseguir apreciar a técnica fantástica de King Kong ou de O Homem Invisível nos longínquos anos 30.
As maravilhas que o esforço de guerra trouxe, quer no cinema quer na indústria cinematográfica... a cantina de Hollywood e a animação das tropas, Mrs. Miniver, Desde Que Tu Partiste ou Os Melhores Anos das Nossas Vidas...
Como Hitchcook se tornou num fabricante de clássicos, com memoráveis momentos como em Mentira! Como Elia Kazan se tornou num marco contra a censura com um passeio num arrojado Eléctrico e depois se tornou vítima do sistema. Como a música e a comédia entraram no cinema, trazendo a cor que faltava a uma indústria demasiado cinzenta. Como David Hemmings ou Sidney Poitier conseguem captar a essência de Londres nos gloriosos anos 60. depois veio a política, e a introspecção, e os filmes ultrapassaram a capacidade de análise primária que até aí haviam tido. Como Ron Howard transformou em ouro uma história de extraterrestres que possuíam o elixir da juventude. Ou como a Disney regressou ao cinema de Animação trazendo os mais belos clássicos do cinema moderno.
Tudo isto eu recordo hoje, porque sim
Porque o cinema constitui uma das formas mais sublimes de expressão da vida, projecto-me no cinema, reconheço cada pedaço do que sou nos detalhes mais escondidos dos filmes mais improváveis, filmes que não existem senão no modo como eu os vejo... porque fazem parte de mim, porque as suas tristezas são as minhas alegrias e as suas alegrias sedimentam a minha tristeza.
Fui evoluindo, para a descoberta do drama, da magia do preto e branco ou do cinema europeu. O gosto que me assalta de cada vez que contacto com uma obra prima da sétima arte é autêntico, uma vez que tenho pena de não recordar com nostalgia a penumbra bafienta das salas de projecção. Mas também por isso, valorizo um filme pelo que ele é. E também pela relação que com ele estabeleço... pelo momento da vida em que o vejo, pelo estado de espírito com que o vejo, pela vontade com que o vejo... e esse vector de pequenas aleatoriedades moldam a imagem que dele formo em mim.
Recordo aqui e agora a magia que tem trazido até mim o sonho, e a tristeza e alegria que me empurram lentamente pela vida...
Do Céu Caiu Uma Estrela mostra o milagre eternamente esquecido da Vida, a celebração da existência tal como ela é, tal como somos (importantes para o mundo).
A dureza de uma realidade desconhecida faz-se de grandes histórias... Corpo e Alma ou A Lista de Schindler são exemplos extremos dessa expressão.
Repasso a vida que me fez quem sou até este momento e, mesmo neste dia (ou precisamente por isso), sinto a memória irromper a barreira da tranquilidade e sinto...
E quando sinto, recordo a coragem de Neil no Clube dos Poetas Mortos ou o sofrimento contido num Breve Encontro.
Sinto hoje a necessidade de reviver os movimentos que tornaram intemporais os intérpretes de uma era que não mais existirá: do neorealismo ao surrealismo, do sonoro ao filme negro, o aparecimento do stop motion: é hoje uma arte e um privilégio conseguir apreciar a técnica fantástica de King Kong ou de O Homem Invisível nos longínquos anos 30.
As maravilhas que o esforço de guerra trouxe, quer no cinema quer na indústria cinematográfica... a cantina de Hollywood e a animação das tropas, Mrs. Miniver, Desde Que Tu Partiste ou Os Melhores Anos das Nossas Vidas...
Como Hitchcook se tornou num fabricante de clássicos, com memoráveis momentos como em Mentira! Como Elia Kazan se tornou num marco contra a censura com um passeio num arrojado Eléctrico e depois se tornou vítima do sistema. Como a música e a comédia entraram no cinema, trazendo a cor que faltava a uma indústria demasiado cinzenta. Como David Hemmings ou Sidney Poitier conseguem captar a essência de Londres nos gloriosos anos 60. depois veio a política, e a introspecção, e os filmes ultrapassaram a capacidade de análise primária que até aí haviam tido. Como Ron Howard transformou em ouro uma história de extraterrestres que possuíam o elixir da juventude. Ou como a Disney regressou ao cinema de Animação trazendo os mais belos clássicos do cinema moderno.
Tudo isto eu recordo hoje, porque sim
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