Não Matem a Cotovia
Depois de falar deste livro a mais de 10 pessoas (seguramente), não poderia deixar de o mencionar neste espaço.
Escrito com a sensibilidade que poucos escritores conseguem atingir, Não Matem a Cotovia mostra-nos um retrato da América profunda na era da Grande Depressão visto pelos olhos de uma criança de 6 anos.
A inocência retrospectiva com que Scout descreve os acontecimentos que tiveram lugar em Maycomb, Alabama, entre o verão de 1932 e o verão de 1935 constitui uma lição para todos os que, ao entrarem no mundo dos adultos, perderam a pureza de sentimentos que lhes permitia serem isentos no julgamento diário da vida.
Vamos acompanhando o crescimento de Scout e Jem, a sua crescente percepção do mundo que os rodeia, com todas as suas imperfeições e singularidades, numa realidade povoada de personagens tão reais como aqueles que habitam no bairro em que vivemos.
A dada altura, começam a ser confrontados com um acontecimento que transformará para sempre as suas vidas e marcará a entrada precoce no mundo dos adultos...
Atticus Finch é o personagem central da história, um homem de princípios, com a dose certa de sentido de justiça, compaixão e discernimento. Como advogado, é destacado para defender um negro acusado de ter violado uma rapariga branca e este acontecimento vai pôr à prova toda a sua atitude perante as causas que sempre havia defendido e as consequências sofridas pela sua família.
Foi o primeiro e último livro escrito por Harper Lee. Com ele ganhou o prémio Pulitzer em 1960 e a aclamação mundial, mas levou uma vida resguardada de aparições públicas e teve a lucidez (ou talvez não) de não voltar a publicar nenhuma outra obra por não ter ficado satisfeita com o que havia alcançado (fez duas tentativas para escrever um novo romance, mas nunca passaram de rascunhos).
A transposição para o cinema, em 1962, foi muito bem conseguida, com Gregory Peck a receber o óscar de melhor actor e o argumento de Horton Foot a ser também premiado. Peck é perfeito na personificação de Atticus, um personagem que não existe tal a sua perfeição. Encontra-se no top 10 na lista dos maiores heróis do cinema de todos os tempos!
Não sei quantas lições são possíveis de extrair destas linhas, mas sem dúvida que existe uma mão-cheia de tiradas memoráveis e que ficarão gravadas por muito tempo no pequeno espaço que resta da minha infância.
Depois de falar deste livro a mais de 10 pessoas (seguramente), não poderia deixar de o mencionar neste espaço.
Escrito com a sensibilidade que poucos escritores conseguem atingir, Não Matem a Cotovia mostra-nos um retrato da América profunda na era da Grande Depressão visto pelos olhos de uma criança de 6 anos.
A inocência retrospectiva com que Scout descreve os acontecimentos que tiveram lugar em Maycomb, Alabama, entre o verão de 1932 e o verão de 1935 constitui uma lição para todos os que, ao entrarem no mundo dos adultos, perderam a pureza de sentimentos que lhes permitia serem isentos no julgamento diário da vida.
Vamos acompanhando o crescimento de Scout e Jem, a sua crescente percepção do mundo que os rodeia, com todas as suas imperfeições e singularidades, numa realidade povoada de personagens tão reais como aqueles que habitam no bairro em que vivemos.
A dada altura, começam a ser confrontados com um acontecimento que transformará para sempre as suas vidas e marcará a entrada precoce no mundo dos adultos...
Atticus Finch é o personagem central da história, um homem de princípios, com a dose certa de sentido de justiça, compaixão e discernimento. Como advogado, é destacado para defender um negro acusado de ter violado uma rapariga branca e este acontecimento vai pôr à prova toda a sua atitude perante as causas que sempre havia defendido e as consequências sofridas pela sua família.
Foi o primeiro e último livro escrito por Harper Lee. Com ele ganhou o prémio Pulitzer em 1960 e a aclamação mundial, mas levou uma vida resguardada de aparições públicas e teve a lucidez (ou talvez não) de não voltar a publicar nenhuma outra obra por não ter ficado satisfeita com o que havia alcançado (fez duas tentativas para escrever um novo romance, mas nunca passaram de rascunhos).
A transposição para o cinema, em 1962, foi muito bem conseguida, com Gregory Peck a receber o óscar de melhor actor e o argumento de Horton Foot a ser também premiado. Peck é perfeito na personificação de Atticus, um personagem que não existe tal a sua perfeição. Encontra-se no top 10 na lista dos maiores heróis do cinema de todos os tempos!
Não sei quantas lições são possíveis de extrair destas linhas, mas sem dúvida que existe uma mão-cheia de tiradas memoráveis e que ficarão gravadas por muito tempo no pequeno espaço que resta da minha infância.
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