O tempo dos dias felizes

No tempo dos dias felizes éramos a razão de ser da admiração de toda a gente. Estranhavam, criticavam, elogiavam, aplaudiam, mas poucos, muito poucos, eram aqueles que ficavam indiferentes. Porque éramos NÓS. E continuaríamos a ser, não fosse abater-se sobre a nossa vida essa brutal ilusão chamada Realidade.
Mil laços invisíveis foram quebrados para permanecerem unidos apenas na memória de uma vivência que, para sempre, será apenas minha.
Sinto por vezes o sonho subir os degraus do Incosciente e espreitar por entre a ténue cortina que se abre para a ilusão em que vivo. Em breves momentos quase acredito que tudo não passou de um sonho, mas é o instante que é o sonho e a ilusão é a Realidade.
Foram os dias mais felizes, foram uma Vida, e podemos dizer que soubemos viver a Vida. Mais do que viver, vivemos a Vida, um privilégio que partilhámos com quem nos estranhava, criticava, elogiava, aplaudia...
Amanhã voltarei a ter a tua visita, mas na dura Realidade, não mais no sonho.

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