Vamos a eleições em Junho.
E eu que pensava que as presidenciais haviam sido as últimas que iria votar no Liceu de São João... ver e rever amigos e conhecidos, reconhecer as salas... ah que nostalgia...
Eis senão quando vem nova bomba atómica sobre o parlamento português. PEC, demissão, dissolução, ... e pimba: vou regressar ao Liceu. O meu BI só caduca em Dezembro, por isso, com um bocadinho de sorte ainda regresso ao Liceu uma 3ª vez este ano...
Depois um um governo tão mau, que tem tanto de mentiroso como de incompetente (como é fácil aldrabar um povo cego com a Estatística), seria de esperar que a aposta fosse numa alternativa. fosse ela qual fosse, que não tivesse já dado provas de quão mau se pode ser a governar. Assim, diz a mais elementar lógica, racionalidade, etc... que o partido do governo estaria fora destas contas. Mas não.
Começo a desconfiar se não temos (somos) o povo mais burro da Europa. Um amigo meu, o Chico, já nos classificou de "bananas". Discordei no início para constatar que tal é um elogio à luz da pobreza reaccionária que demonstramos e a perspectiva de dar 30% ou 35% de votos a tamanho bando de incompetentes.
Em política Hipocrisia tem outro nome: chama-se Real Politik. E é esta a desculpa que tem movido o comportamento corporativo de quem nos tem governado nos últimos tempos (poucas excepções existiram desde o 25 de Abril). O interesse corporativo, sobretudo maçon, amplamente suportado ora pela Comissão Trilateral ora pelo Grupo Bilderberg, e que tem tomado conta do país tem-se sobreposto, continuamente, ao interesse do mesmo. Embora seja um discurso já gasto, os boys têm prevalecido sobre as pessoas. O problema é que chegámos a um momento na História em que acabou o dinheiro para os boys! Coitadinhos! (para as pessoas já havia acabado em 2008). É vê-los a trepar na hierarquia partidário-empresarial, tentando manter a cabeça acima do nível da água e aguentar a mediocridade no topo da pirâmide, perante um bracejamento que já ninguém acredita ser sincero.
Por isto, só posso concluir que somos loucos.
Vamos conceder uma votação com algum significado (qualquer marca acima de um dígito é um prémio para a incompetência do partido do governo demissionário), a uma corporação que mentiu durante quase 7 anos ao país.
Tenho sérias dúvidas de que Pinto de Sousa não seja mitómano. Se ele acredita mesmo naquilo que diz, é a loucura. E se acredita efectivamente de que é tão bom quanto aparenta e diz ser então temos, mais do que a loucura, um caso raríssimo de retrocesso evolucional de volta ao Homo Erectus. E tenho efectivamente dúvidas de que não exista naquele vazio neuronal uma perturbação séria de auto-imagem orgulho-narcisista. E o mais triste é que quem paga (pagou e vai pagar) é o país. Só que o país não é uma entidade abstracta. O país são vocês, sou eu, somos todos, inclusivamente os loucos que votarão em JSPS (abreviado é mais fácil).
Recuso-me a chamá-lo de José Sócrates - para além de ser desrespeitoso, pois seria como tratarem-me por António Manuel e não pelo meu apelido, e eu não quero desrespeitar o senhor, seria associá-lo a alguém que ousou buscar a verdade pela honestidade intelectual e, sobretudo pela humildade "A pessoa mais sábia é aquela que sabe que não sabe". Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Em comum só o nome. O primeiro Sócrates era humilde dizendo que não sabia quando sabia. O segundo é arrogante dizendo que sabe o que não sabe.
Não é que o voto não seja livre. Claro que é (os loucos também podem votar), mas deveria ser racional e não passional. E em Portugal (e não só), o voto partidário é, para alguns, uma manifestação de clubite cega, em que o que interessa é ganhar por ser da cor. Deixaram de interessar as ideias. A imagem e o discurso passaram a ser tudo. Já nem as promessas têm valor, perante o chorrilho de mentiras que as sucessivas campanhas eleitorais e execuções governamentais nos têm trazido.
O exemplo de cegueira mais claro de que me lembro passou-se com alguns colegas de mestrado: numa sala de estudo estávamos 2 rapazes e 2 raparigas. Eu era o único que não havia votado no JSPS. Era o tempo glorioso em que havíamos atingido a Consolidação Orçamental (ai que feliz que eu estou por termos atingido tal feito... oi para mim a pular e a gritar de alegria). O outro rapaz falava da Mensagem de Fernando Pessoa e do Mito do Quinto Império. Havia estado a fazer umas contas e a época em que Portugal seria salvo e renasceria como a Potência Mundial seria por agora e o salvador quem era? O grande JSPS!!!!!!! As 2 raparigas concordaram!!!!! É a loucura! Orwell disse, num dos mais maravilhosos romances de sempre (1984): Que podes fazer contra o louco que é mais louco que tu, que ouve equânime os teus argumentos e simplesmente persiste na sua insensatez? Pois é... para além de me rir, porque esta loucura é também risível, não fiz nada.
Lembro-me do IVA subir de 19% para 21%, baixar para 20% subir para 21% e 23%. Lembro-me de, ao fim de 2 ou 3 anos revelarem que haviam atingido a CONSOLIDAÇÃO ORÇAMENTAL! Quando Manuela Ferreira Leite alertou (estou à vontade porque nunca votei na senhora) para os problemas do país e lutou contra o aumento do défice, o presidente de então Jorge Sampaio (aquele que tirou de lá o Santana para lá colocar o JSPS) disse que havia vida para além do défice... esse sábio que venha dizer isso agora! Nem além nem aquém do défice. Nos próximos 4 ou 5 anos (com muita sorte serão apenas 4 ou 5 anos), estamos hipotecados, de uma forma que, na nossa ignorância e cegueira, ainda nem fazemos bem ideia. Lembro-me de, aquando de um dos PECs anteriores JSPS ter prometido não virem mais medidas de austeridade uma vez que, DESTA VEZ o governo havia feito as contas pelo lado conservador. Por acaso viu-se... Lembro-me do Ministro das Finanças dizer que se os juros da dívida a 10 anos ultrapassassem os 7% teria que vir o FMI. Então porque é que demoraram meses a chamá-lo? Porque é que andámos, todos, a pagar juros a 2 anos superiores aos de 5 e 10 anos (uma aberração terceiro-mundista) e a financiar-mo-nos a curto-prazo para fazer face ao pagamento dos juros da dívida de longo-prazo?
Tenho observado com uma triste ironia, o posicionamento de JSPS e do seu governo. Somos loucos porque vamos dar mais de 10% a uma equipa que foi uma verdadeira loucura, o que quer que isso signifique nos dias de hoje.
Tenho repetido que temos aquilo que merecemos. Normalmente não acerto nestas frases feitas. Infelizmente, esta é uma excepção.
E eu que pensava que as presidenciais haviam sido as últimas que iria votar no Liceu de São João... ver e rever amigos e conhecidos, reconhecer as salas... ah que nostalgia...
Eis senão quando vem nova bomba atómica sobre o parlamento português. PEC, demissão, dissolução, ... e pimba: vou regressar ao Liceu. O meu BI só caduca em Dezembro, por isso, com um bocadinho de sorte ainda regresso ao Liceu uma 3ª vez este ano...
Depois um um governo tão mau, que tem tanto de mentiroso como de incompetente (como é fácil aldrabar um povo cego com a Estatística), seria de esperar que a aposta fosse numa alternativa. fosse ela qual fosse, que não tivesse já dado provas de quão mau se pode ser a governar. Assim, diz a mais elementar lógica, racionalidade, etc... que o partido do governo estaria fora destas contas. Mas não.
Começo a desconfiar se não temos (somos) o povo mais burro da Europa. Um amigo meu, o Chico, já nos classificou de "bananas". Discordei no início para constatar que tal é um elogio à luz da pobreza reaccionária que demonstramos e a perspectiva de dar 30% ou 35% de votos a tamanho bando de incompetentes.
Em política Hipocrisia tem outro nome: chama-se Real Politik. E é esta a desculpa que tem movido o comportamento corporativo de quem nos tem governado nos últimos tempos (poucas excepções existiram desde o 25 de Abril). O interesse corporativo, sobretudo maçon, amplamente suportado ora pela Comissão Trilateral ora pelo Grupo Bilderberg, e que tem tomado conta do país tem-se sobreposto, continuamente, ao interesse do mesmo. Embora seja um discurso já gasto, os boys têm prevalecido sobre as pessoas. O problema é que chegámos a um momento na História em que acabou o dinheiro para os boys! Coitadinhos! (para as pessoas já havia acabado em 2008). É vê-los a trepar na hierarquia partidário-empresarial, tentando manter a cabeça acima do nível da água e aguentar a mediocridade no topo da pirâmide, perante um bracejamento que já ninguém acredita ser sincero.
Por isto, só posso concluir que somos loucos.
Vamos conceder uma votação com algum significado (qualquer marca acima de um dígito é um prémio para a incompetência do partido do governo demissionário), a uma corporação que mentiu durante quase 7 anos ao país.
Tenho sérias dúvidas de que Pinto de Sousa não seja mitómano. Se ele acredita mesmo naquilo que diz, é a loucura. E se acredita efectivamente de que é tão bom quanto aparenta e diz ser então temos, mais do que a loucura, um caso raríssimo de retrocesso evolucional de volta ao Homo Erectus. E tenho efectivamente dúvidas de que não exista naquele vazio neuronal uma perturbação séria de auto-imagem orgulho-narcisista. E o mais triste é que quem paga (pagou e vai pagar) é o país. Só que o país não é uma entidade abstracta. O país são vocês, sou eu, somos todos, inclusivamente os loucos que votarão em JSPS (abreviado é mais fácil).
Recuso-me a chamá-lo de José Sócrates - para além de ser desrespeitoso, pois seria como tratarem-me por António Manuel e não pelo meu apelido, e eu não quero desrespeitar o senhor, seria associá-lo a alguém que ousou buscar a verdade pela honestidade intelectual e, sobretudo pela humildade "A pessoa mais sábia é aquela que sabe que não sabe". Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Em comum só o nome. O primeiro Sócrates era humilde dizendo que não sabia quando sabia. O segundo é arrogante dizendo que sabe o que não sabe.
Não é que o voto não seja livre. Claro que é (os loucos também podem votar), mas deveria ser racional e não passional. E em Portugal (e não só), o voto partidário é, para alguns, uma manifestação de clubite cega, em que o que interessa é ganhar por ser da cor. Deixaram de interessar as ideias. A imagem e o discurso passaram a ser tudo. Já nem as promessas têm valor, perante o chorrilho de mentiras que as sucessivas campanhas eleitorais e execuções governamentais nos têm trazido.
O exemplo de cegueira mais claro de que me lembro passou-se com alguns colegas de mestrado: numa sala de estudo estávamos 2 rapazes e 2 raparigas. Eu era o único que não havia votado no JSPS. Era o tempo glorioso em que havíamos atingido a Consolidação Orçamental (ai que feliz que eu estou por termos atingido tal feito... oi para mim a pular e a gritar de alegria). O outro rapaz falava da Mensagem de Fernando Pessoa e do Mito do Quinto Império. Havia estado a fazer umas contas e a época em que Portugal seria salvo e renasceria como a Potência Mundial seria por agora e o salvador quem era? O grande JSPS!!!!!!! As 2 raparigas concordaram!!!!! É a loucura! Orwell disse, num dos mais maravilhosos romances de sempre (1984): Que podes fazer contra o louco que é mais louco que tu, que ouve equânime os teus argumentos e simplesmente persiste na sua insensatez? Pois é... para além de me rir, porque esta loucura é também risível, não fiz nada.
Lembro-me do IVA subir de 19% para 21%, baixar para 20% subir para 21% e 23%. Lembro-me de, ao fim de 2 ou 3 anos revelarem que haviam atingido a CONSOLIDAÇÃO ORÇAMENTAL! Quando Manuela Ferreira Leite alertou (estou à vontade porque nunca votei na senhora) para os problemas do país e lutou contra o aumento do défice, o presidente de então Jorge Sampaio (aquele que tirou de lá o Santana para lá colocar o JSPS) disse que havia vida para além do défice... esse sábio que venha dizer isso agora! Nem além nem aquém do défice. Nos próximos 4 ou 5 anos (com muita sorte serão apenas 4 ou 5 anos), estamos hipotecados, de uma forma que, na nossa ignorância e cegueira, ainda nem fazemos bem ideia. Lembro-me de, aquando de um dos PECs anteriores JSPS ter prometido não virem mais medidas de austeridade uma vez que, DESTA VEZ o governo havia feito as contas pelo lado conservador. Por acaso viu-se... Lembro-me do Ministro das Finanças dizer que se os juros da dívida a 10 anos ultrapassassem os 7% teria que vir o FMI. Então porque é que demoraram meses a chamá-lo? Porque é que andámos, todos, a pagar juros a 2 anos superiores aos de 5 e 10 anos (uma aberração terceiro-mundista) e a financiar-mo-nos a curto-prazo para fazer face ao pagamento dos juros da dívida de longo-prazo?
Tenho observado com uma triste ironia, o posicionamento de JSPS e do seu governo. Somos loucos porque vamos dar mais de 10% a uma equipa que foi uma verdadeira loucura, o que quer que isso signifique nos dias de hoje.
Tenho repetido que temos aquilo que merecemos. Normalmente não acerto nestas frases feitas. Infelizmente, esta é uma excepção.
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