Sonho(s) de uma noite de Verão

As noites de Verão oferecem a magia que delas conseguimos extrair.
Seja com programas “reais” ou ocupações a que alguns nem sequer qualificariam de “actividade”, ocupar o tempo com aquilo que nos preenche deve ser um processo natural.
Tenho tido essa sorte (não é bem sorte, mas de qualquer modo, tenho vivido o que sou).

Seja com um jantar com amigos ou uma noite no Bairro, um fechar os olhos no Festival ao Largo ao som de Scheherazade de Rimsky-Korsakov ou Jupiter, The Bringer of Jolity de Holst, uma sessão de cinema ao ar livre no Cineconchas, absorvendo O Segredo dos Seus Olhos ou um concerto em qualquer outro destes festivais gratuitos (Festival dos Oceanos, Festas da Cidade, Festas do Mar, …), ou simplesmente… uma conversa até altas horas com vista sobre Lisboa, num Miradouro de São Pedro de Alcântara lotado, uma sessão de cinema na escuridão de uma sala de projecção (só ou acompanhado, consoante o filme), um passeio pela Feira do Artesanato ou uma ida nocturna a alguns museus lisboetas (a acontecer já a seguir) ou… ainda mais simplesmente… uma corrida de fim de tarde junto ao mar ou a leitura de um livro numa esplanada acolhedora.

Nem tudo é monopólio do Verão, mas é no Verão que estas noites acontecem com tal variedade, com esta boa disposição que o ar livre permite… também gosto das noites de Inverno, das salas aquecidas e de ouvir a chuva lá fora, mas as noites de Verão possuem o Sonho.
E um sonho que é tão fácil de ver concretizado.
Basta ser autêntico.
Basta sentir o que somos e pôr essa vida em prática.
E sabe bem ser vivida assim.

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