Jean Renoir é (foi) um dos melhores realizadores de sempre.
Esta constatação não é baseada em nenhum conhecimento aprofundado que eu tenha sobre a sua obra pois vi apenas dois filmes por ele realizados. São os críticos e o público amante de cinema que o dizem.
Contudo, ontem revi aquele que é tido como um dos seus melhores filmes. E descobri detalhes deliciosos num dos maiores “estudos” da relação entre classes que vi, marca tão presente no cinema de Renoir.
A Regra do Jogo é um filme belíssimo. É um retrato de época tão perfeito quanto é difícil retratar a época que se vive. A acção decorre no ano de produção do próprio filme (1939), e um dos grande méritos deste filme reside no facto de Renoir conseguir caracterizar o tempo presente sem a sabedoria do distanciamento histórico. À distância de décadas, os períodos da História ganham a sua marca própria… tristes, românticos, artísticos, negros, prósperos, revolucionários, … mas identificar a tendência no momento em que ocorre não está ao alcance de todos.
A caçada, a casa senhorial, o conflito entre classes, tão presente no cinema de Renoir, são aqui mostrados como poucos filmes que vi o fizeram. O argumento é outra das marcas deste filme: tanto no conteúdo como no humor, ora sublime ora explícito, mas sempre com o objectivo muito concreto de caricaturar a hipocrisia de uma sociedade que é (apenas?) aparência.
A farsa, género “tão francês”, tem também o seu papel nesta história, sobretudo no conjunto de mal-entendidos que conduz ao desfecho mais ou menos inesperado.
Jean Renoir mostra que a arte de construir Arte é também uma marca de família. Filho do pintor Pierre Auguste Renoir, seguiu o pai no que respeita ao respeito que demonstrava ter pelo génio criador, à autenticidade com que carimbava as suas obras.
Os filmes de Renoir (filho) são obras de Arte. Espero para ver A Grande Ilusão ou A Fera Humana para confirmar aquilo que é para os outros uma certeza. Mas são filmes como A Regra do Jogo que elevam o Cinema a Arte. Seja a 7ª ou não, A Regra do Jogo mostra a genialidade e a intemporalidade da Arte.
Esta constatação não é baseada em nenhum conhecimento aprofundado que eu tenha sobre a sua obra pois vi apenas dois filmes por ele realizados. São os críticos e o público amante de cinema que o dizem.
Contudo, ontem revi aquele que é tido como um dos seus melhores filmes. E descobri detalhes deliciosos num dos maiores “estudos” da relação entre classes que vi, marca tão presente no cinema de Renoir.
A Regra do Jogo é um filme belíssimo. É um retrato de época tão perfeito quanto é difícil retratar a época que se vive. A acção decorre no ano de produção do próprio filme (1939), e um dos grande méritos deste filme reside no facto de Renoir conseguir caracterizar o tempo presente sem a sabedoria do distanciamento histórico. À distância de décadas, os períodos da História ganham a sua marca própria… tristes, românticos, artísticos, negros, prósperos, revolucionários, … mas identificar a tendência no momento em que ocorre não está ao alcance de todos.
A caçada, a casa senhorial, o conflito entre classes, tão presente no cinema de Renoir, são aqui mostrados como poucos filmes que vi o fizeram. O argumento é outra das marcas deste filme: tanto no conteúdo como no humor, ora sublime ora explícito, mas sempre com o objectivo muito concreto de caricaturar a hipocrisia de uma sociedade que é (apenas?) aparência.
A farsa, género “tão francês”, tem também o seu papel nesta história, sobretudo no conjunto de mal-entendidos que conduz ao desfecho mais ou menos inesperado.
Jean Renoir mostra que a arte de construir Arte é também uma marca de família. Filho do pintor Pierre Auguste Renoir, seguiu o pai no que respeita ao respeito que demonstrava ter pelo génio criador, à autenticidade com que carimbava as suas obras.
Os filmes de Renoir (filho) são obras de Arte. Espero para ver A Grande Ilusão ou A Fera Humana para confirmar aquilo que é para os outros uma certeza. Mas são filmes como A Regra do Jogo que elevam o Cinema a Arte. Seja a 7ª ou não, A Regra do Jogo mostra a genialidade e a intemporalidade da Arte.
Comentários