Estejam mas é calados!






Em Portugal, há quem não saiba viver em democracia… uns porque se aproveitam dela para abusar dos direitos e viver, literalmente à conta do estado, esgotando todo o tipo de subsídios, baixas, pensões, subvenções, … e outros porque acham que democracia é libertinagem, revolta e agitação por qualquer ponto de discórdia.
Ambos os grupos me preocupam: e se os primeiros empobrecem o país apenas se os políticos deixarem (e têm deixado porque muitos deles pertencem a este grupo de parasitas – chamo parasitas para não chamar “chulos”), os segundos empobrecem o país de uma forma muito mais abrupta e difícil: pela anarquia. Falo, claro, de alguns iluminados capitães de Abril: Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Lourenço.
Estes boçais há muito que ansiavam por tempos difíceis.
Não sabem viver em democracia. Para eles a vida é uma revolução permanente. Pertencem àquele grupo que aplaude os “parte-montras”, inúteis da sociedade que que dão sinais de vida de cada vez que existe uma reunião do G-20 ou da NATO (e só não vão para lá partir também porque estão caquécticos). E ainda por cima consideram-se senadores da Nação. E ainda (mais) por cima, há toda uma corja política e popular que também os considera senadores da Nação!
E o mais impressionante nisto tudo (ou talvez não) é que este respeito só lhes é devido porque são de esquerda. Pior: esta estar acima da lei só se lhes aplica por serem de esquerda. Que vergonha num país que se diz democrático: por isto, sim, devíamos atacar a nossa democracia, por permitir que terroristas membros das FP-25 de Abril permaneçam totalmente impunes em liberdade. Pessoas que mataram outras e toda a gente sabe que o fizeram, mas que só não vão para a prisão porque são de esquerda! Sim, não vivemos em democracia, nisto estes dois chonés têm razão, mas pela nossa suposta democracia permitir alarvidades destas.

Dito isto, devo dizer que tenho todo o respeito por quem lutou pela liberdade e por quem fez o 25 de Abril sem estes orgasmos de esquerdite aguda (que exemplo melhor do que o de Salgueiro Maia?). E apenas porque os canhotos que viveram antes da revolução ainda estão vivos é que tudo o que seja associado ao 25 de Abril continua a ser endeusado e a estar acima da lei.
Para mim é apenas mais um feriado no calendário. Assim como o 1º de Dezembro já não se justifica, virá o tempo em que o 25 de Abril começará a deixar de fazer sentido. Não creio que tenha chegado esse tempo, mas, mesmo que chegasse nos dias de hoje, seria tabu (não se pode dizer nada de mal do 25 de Abril e muito menos do Verão Quente de 75 – esse episódio tão convenientemente esquecido da nossa história recente)

Vasco Lourenço, o búlgaro (porque só diz “bulgaridades”), até faz dó. Devia mastigar e engolir antes de falar, ou então sou eu que vejo mal: o homem parece estar sempre com a boca cheia. Não sei bem é de quê.
Quanto a Otelo, pavoneia-se e depois ousa emitir ameaças dos militares, muitos deles (não todos) autênticos chulos da nação, que vão em missões de paz de risco diminuto ganhar fortunas sob pretexto de risco de vida. Serão estes os 800 militares que o Otelo quer reunir para encetar uma nova revolução?

Tomar medidas duras custa a todos e os militares não estão acima da lei. O facto dos políticos se terem aproveitado da democracia ao longo dos anos não justifica tudo, e nunca, mas nunca poderá servir de desculpa para instaurar uma ditadura de esquerda no país, que, embora não o digam alto, é o que muitos destes “democratas” querem no fundo.

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