A Mulher Que Canta

Sem contar, vi hoje no cinema mais um filme fantástico (2011 é já para mim, sem dúvida, “o ano” de cinema, embora este filme seja de 2010…). Perdeu o óscar de Melhor Filme Estrangeiro para Num Mundo Melhor (Haevnen, 2010), um filme bom, mas, na minha opinião, inferior a este.
A Mulher Que Canta (Incendies, 2010) é uma perfeição… e é um murro no estômago ao mesmo tempo. É uma grande história e uma história muito bem contada. É uma história magnificamente interpretada e secundada por todos os “adereços” de um filme na proporção devida. É uma história que levanta múltiplas questões, todas elas pertinentes no modo como passamos pela vida: como a religião, a cultura ou a vida que levamos faz de nós aquilo que somos, como amor que aperta os laços familiares pode ser infinitamente poderoso, como a vida é, por vezes, irónica… depois, num segundo nível há o absurdo da guerra (religiosa), o choque cultural ou a desumanidade do ser humano.
E tudo isto é contado num thriller que é também um drama… ou deverei dizer um drama que é também um thriller? O que quer que seja, é um filme 5 estrelas. Como diriam os críticos americanos, it’s a Knockout!

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