Um português, de férias em Paris, resolveu comprar como recordação um passaporte de uma americana datado de há mais de 50 anos.
Embora, como recordação de Paris, seja um objecto estranho, o interesse por uma amostra do passado, ainda que não passe da ilusão da sua recriação, é algo que de que também gosto.
A história teria ficado por aqui e caído no esquecimento, não tivesse o turista português decidido procurar a dona do passaporte perdido. Contactou as autoridades da última cidade onde sabia que Betty (assim se chamava a senhora) havia vivido e daí colocaram-no em contacto com a sua universidade. Após uma série de contactos sequenciais, chegou até Betty, que habita hoje em… Paris.
Foi até lá entregar o passaporte. Para quem terá mais de 70 anos (o passaporte tinha carimbos de vários locais), devo dizer que a senhora estava muito bem “mantida”. Esperava ver um espécime algures entre o erectus e o cro-magnon, mas não… a idade do passaporte não fazia jus à jovialidade da senhora.
Simpática, lá convidou o português para um café e dois dedos de conversa.
Notícia simples para um telejornal de sábado à noite, são (também) estas histórias que eu gosto (as outras são as vitórias do Benfica!). A ligação com o passado, o interesse por entregar a mensagem a uma desconhecida, estabelecer uma ligação, quebrar a rotina e conferir um pouco mais de humanidade a uma realidade que teimamos em tornar cinzenta. Com um gesto simples.
Há muitas notícias que são não-notícias. Mesmo esta, poderia ser considerada por muitos como tal. Não por mim.
Embora, como recordação de Paris, seja um objecto estranho, o interesse por uma amostra do passado, ainda que não passe da ilusão da sua recriação, é algo que de que também gosto.
A história teria ficado por aqui e caído no esquecimento, não tivesse o turista português decidido procurar a dona do passaporte perdido. Contactou as autoridades da última cidade onde sabia que Betty (assim se chamava a senhora) havia vivido e daí colocaram-no em contacto com a sua universidade. Após uma série de contactos sequenciais, chegou até Betty, que habita hoje em… Paris.
Foi até lá entregar o passaporte. Para quem terá mais de 70 anos (o passaporte tinha carimbos de vários locais), devo dizer que a senhora estava muito bem “mantida”. Esperava ver um espécime algures entre o erectus e o cro-magnon, mas não… a idade do passaporte não fazia jus à jovialidade da senhora.
Simpática, lá convidou o português para um café e dois dedos de conversa.
Notícia simples para um telejornal de sábado à noite, são (também) estas histórias que eu gosto (as outras são as vitórias do Benfica!). A ligação com o passado, o interesse por entregar a mensagem a uma desconhecida, estabelecer uma ligação, quebrar a rotina e conferir um pouco mais de humanidade a uma realidade que teimamos em tornar cinzenta. Com um gesto simples.
Há muitas notícias que são não-notícias. Mesmo esta, poderia ser considerada por muitos como tal. Não por mim.
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