Ao ver A Invenção de Hugo (Hugo), o meu estado de espírito foi alternando entre o auto convencimento de que o filme era bom e a constatação da sua banalidade (mascarada de sumptuosidade).
Custou-me entrar neste novo filme de Martin Scorcese. E embora a história se arraste bastante durante quase uma hora, quando os enigmas começam a ser revelados, o meu interesse foi captado. Mas a última parte do filme voltou a desiludir e a "liçãozinha moral do costume" não tem qualquer suporte no (parco) conteúdo que a história transmite. O filme peca, a meu ver, por isso mesmo: falta de substância. É o enaltecimento da forma sobre o conteúdo: deve as 11 nomeações sobretudo a carcaterísticas técnicas. Apenas 3 principais: Filme, Realizador e Argumento.
O argumento é para mim o mais estranho: se a ideia por trás deste filme é boa, a sua transposição para história foi mal conseguida, e a posterior adaptação para argumento péssima: o facto de os diálogos serem curtíssimos não é, em si mesmo um problema, mas quando se esvazia o conteúdo por esse motivo, passa a ser.
A Invenção de Hugo é um filme sobretudo visual, e, se esse aspecto está muito bem desenvolvido, é, ele mesmo, um dos problemas do filme: abafa a história, que, de outro modo poderia ser muito mais trabalhada.
Todos os actores são secundários uma vez que não há espaço para a história desenvolver a construção das personagens. A possível excepção é Ben Kingsley (sempre brilhante) no papel do visionário Georges Méliès (é bonita a sequência em que é projectado o seu filme Viagem à Lua (Voyage dans la Lune, 1902)). A Invenção de Hugo acaba por ser também um tributo ao Cinema como fábrica de sonhos que é, e esse será talvez o aspecto mais bem conseguido (não é imune a esta minha opinião o facto de eu gostar bastante de cinema).
É um filme que ganha muito com a visualização em 3D, algo que eu não vi, e daí também o ter notado mais a lacuna de conteúdo. Contudo, acredito que teria gostado mais do filme se o tivesse visto aproveitando todo o potencial tecnológico com base no qual ele foi realizado (e não sou eu um grande adepto do 3D).
Sendo uma película respeitável, no final sabe a pouco. Muitas nomeações não significa muitos óscares e, no que respeita aos 3 principais, este é bem capaz de se ficar pelas nomeações (o único prémio que tenho dúvidas é para a realização - muito boa, embora eu tenha alguma dificuldade em saber o que é trabalho do realizador e o que cabe à equipa de efeitos especiais... é que muito (movimentos de câmara e cenários) é feito por computador).
Se eu parti para este filme sem nenhuma expectativa (não havia ouvido qualquer opinião sobre ele), mas com muita curiosidade, vi simplesmente um filme bem intencionado, mas, comparado com outros deste ano, está vários furos abaixo do que seria suposto.
Custou-me entrar neste novo filme de Martin Scorcese. E embora a história se arraste bastante durante quase uma hora, quando os enigmas começam a ser revelados, o meu interesse foi captado. Mas a última parte do filme voltou a desiludir e a "liçãozinha moral do costume" não tem qualquer suporte no (parco) conteúdo que a história transmite. O filme peca, a meu ver, por isso mesmo: falta de substância. É o enaltecimento da forma sobre o conteúdo: deve as 11 nomeações sobretudo a carcaterísticas técnicas. Apenas 3 principais: Filme, Realizador e Argumento.
O argumento é para mim o mais estranho: se a ideia por trás deste filme é boa, a sua transposição para história foi mal conseguida, e a posterior adaptação para argumento péssima: o facto de os diálogos serem curtíssimos não é, em si mesmo um problema, mas quando se esvazia o conteúdo por esse motivo, passa a ser.
A Invenção de Hugo é um filme sobretudo visual, e, se esse aspecto está muito bem desenvolvido, é, ele mesmo, um dos problemas do filme: abafa a história, que, de outro modo poderia ser muito mais trabalhada.
Todos os actores são secundários uma vez que não há espaço para a história desenvolver a construção das personagens. A possível excepção é Ben Kingsley (sempre brilhante) no papel do visionário Georges Méliès (é bonita a sequência em que é projectado o seu filme Viagem à Lua (Voyage dans la Lune, 1902)). A Invenção de Hugo acaba por ser também um tributo ao Cinema como fábrica de sonhos que é, e esse será talvez o aspecto mais bem conseguido (não é imune a esta minha opinião o facto de eu gostar bastante de cinema).
É um filme que ganha muito com a visualização em 3D, algo que eu não vi, e daí também o ter notado mais a lacuna de conteúdo. Contudo, acredito que teria gostado mais do filme se o tivesse visto aproveitando todo o potencial tecnológico com base no qual ele foi realizado (e não sou eu um grande adepto do 3D).
Sendo uma película respeitável, no final sabe a pouco. Muitas nomeações não significa muitos óscares e, no que respeita aos 3 principais, este é bem capaz de se ficar pelas nomeações (o único prémio que tenho dúvidas é para a realização - muito boa, embora eu tenha alguma dificuldade em saber o que é trabalho do realizador e o que cabe à equipa de efeitos especiais... é que muito (movimentos de câmara e cenários) é feito por computador).
Se eu parti para este filme sem nenhuma expectativa (não havia ouvido qualquer opinião sobre ele), mas com muita curiosidade, vi simplesmente um filme bem intencionado, mas, comparado com outros deste ano, está vários furos abaixo do que seria suposto.
Jogada de Risco (Moneyball) é um filme simpático. Tanto quanto pode ser comparado com os restantes nomeados deste ano, está para mim ao nível de As Serviçais (The Help) (e acima de A Invenção de Hugo). Embora regular (banal, seria depreciativo para um filme que me agradou, apesar do significado ser o mesmo), Jogada de Risco é um filme com (pelo menos) 2 aspectos bastante positivos.
As interpretações principais, apesar de serem sóbrias, não inventam e cumprem aquilo que se pedia, e tal nem sempre é fácil de conseguir: interpretar papéis banais fazendo-nos esquecer que estamos a os actores para vermos somente os personagens. Tanto Brad Pitt como Jonah Hill têm 2 bons desempenhos.
A história é agradável. Cai aqui e ali nos clichés habituais dos filmes americanos dos “falhados” que contra tudo e contra todos conseguem triunfar. Contudo, é verídico. E não ganham tudo o que lhe confere alguma credibilidade. Um aspecto interessante mostra o conflito entre a teoria e a prática como meios para alcançar o sucesso (desportivo). O método (estatístico), sendo visto inicialmente como um corte com a prática “obsoleta” da intuição, revela as suas fragilidades a meio do processo. E é neste ponto que entra o factor humano: é o pequeno ajuste na equipa, a meio da época, que permite completar o processo e alcançar o sucesso: a metodologia, articulada com a capacidade de adaptação.
Dito isto, Jogada de Risco é um filme que, embora não surpreenda, entretém.
Comentários