22 de Agosto de 2019 - 7:09 |
As imagens são
imbatíveis no que à minha capacidade descritiva diz respeito e por isso, gastar
demasiadas palavras para retratar o que elas mostram é roubar-lhes a força.
Talvez um pouco de
enquadramento não seja demais: tenho o privilégio de ir acumulando um cansaço
diário por morar a vinte e cinco quilómetros do trabalho e com isso “perder”
uma hora e meia diárias nas viagens de carro. Não sei se a marginal entre
Cascais e Lisboa é a estrada mais bonita do país, mas tenho a sorte de poder
gozar, enquanto me encaminho para o trabalho em Lisboa ao longo da orla
costeira, o momento em que o dia ainda não é dia e a noite já não é noite,
entre o mar e a terra, primeiro; entre o rio e a terra, depois. São dez, quinze
quilómetros talvez (?) entre a Parede e Algés que me sabem pela vida e servem
de aperitivo aos trinta a quarenta minutos de leitura ou escrita diária com que
me preparo para um dia de trabalho enquanto tomo o café da manhã na esplanada
do Zêzere, à entrada do escritório.
9 de Julho de 2019 - 6:49 |
Diariamente, conforme
a altura do ano, vou apanhando o sol em diferentes alturas, ora encandeando-me
a visão levando-me assim para a faixa da esquerda com medo de limpar algum
ciclista corajoso, ora aparecendo para lá do Tejo, da ponte, da cidade e da
outra margem, ora não tendo ainda feito a sua aparição, seja por ainda ser
noite ou pelo dia estar encoberto.
11 de Setembro de 2019 - 7:01 |
Há dois lugares de
eleição onde por vezes páro o carro para registar a paisagem nas fotos. E ela é
sempre a mesma e no entanto, é sempre diferente. Não por causa da luz, da cor
ou da hora mas a própria paisagem que vejo: apesar de ser a mesma, é sempre
diferente, por muitas outras razões além das tecnicidades da Natureza.
E é um privilégio
chegar ao fim do dia um pouco mais cansado por ter podido usufruir de quinze
minutos de passeio com “isto” a correr a meu lado.
30 de Setembro de 2019 - 6:57 |
Caparide,
5 de Outubro de 2019
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