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Sinto o coração bater com aquela força...

Não tenho vontade de colocar o que sinto por palavras minhas por não as achar suficientemente expressivas para reflectirem o que penso, o que experimento, o que vivo... peço então emprestadas aos poetas o seu jogo articulado, resultado de outras vivências, semelhantes ou não à vida por que passo nesta existência.

São as experiências deles e no entanto, são minhas as pulsações que elas descrevem a cada palavra, a cada verso, a cada rima. Tomo-as minhas no instante em que as publico, por vê-las descritas como eu gostaria de saber fazer, e cada poema que leio ganha um lugar especial na memória futura deste tempo.

Com a velocidade a que o sangue me percorre as veias, quero escrever toda a poesia do mundo, tudo o que penso, vindo de mim ou de outros... não importa...

Mas fico-me por este pequeno apontamento, porque este bater de coração tem dor, e ela acalma a ilusão, traz de volta a realidade e permite ver a beleza de um simples poema, de uma bela fotografia, e permite-me tomá-los, o poema e a fotografia, juntos, como a expressão sublime do que sou neste instante, neste momento em que estas palavras vão preenchendo a linha, cada uma esperando pela seguinte para juntas comporem a música que me liberta...

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