Dia a dia

No fim de semana fora que vou ter, imagino a paisagem tranquilizadora que vou encontrar no meio do pinhal.

Para além da paisagem (talvez mais do que a paisagem), é a vida tranquilizadora que me atrai e é o facto destes intervalos da alucinação lisboeta funcionarem como contraponto nesta vida bipolar.

O gozo de poder disfrutar de breves momentos sem fazer nada era algo que não compreendia há 3 anos: entendo-o hoje muito bem. Para ter consciência da alegria proporcionada por estes bem-aventurados momentos de tédio, tem que existir o cansaço... muitas vezes necessário para se saber como é bom poder descansar.

Um café na praia com a Anabela e o Caldeira será a melhor maneira de começar um fim de semana prolongado? Provavelmente sim. De certeza que sim. Não fosse o café e iria na mesma para a praia... correr.

Faço-me depois à estrada para dia e meio de intervalo.

São Pedro de Moel... cheiro de outra época, estrada de verde pinho... a Ponte Nova, a Praia da Concha, o Penedo da Saudade... pôr-do-sol sobre o mar num quente fim de tarde de Agosto... tranquilo.

Aquando de uma aula de espanhol, falei de São Pedro à professora. Para além de nos termos sintonizado de imediato quanto à inebriante magia deste lugar, falou-me de que havia sido o primeiro lugar onde tinha visto um pôr-do-sol no mar. Por vezes têm que nos lembrar dos privilégios que temos e tantas vezes esquecemos.
Domingo partirei numa viagem relâmpago a Madrid, 3 meses depois de a conhecer. A hora tardia de chegada (23:00 a Barajas, se não houver atraso, supondo que isso é possível na EasyJet) não me deverá impedir de tomar um café com a Sónia, a pessoa mais "voluntariosa" que conheço. A reunião só começa às 11:00 de Lunes... menos mau.
Dia de trabalho, apresentação do projecto, fuga para o avião e dormida em Caparide.

Na 3ª de manhã, no pasa nada... ou melhor, novo stress até 4ª, mais um modelo para ultimar e outra proposta para entregar... então sim, o regresso dos "dias normais".

Comentários