Vou votar

Votarei em Fernando Nobre no próximo domingo.
Embora não me encha as medidas, voto com a convicção suficiente para não dizer que voto no "menos mau". Voto no melhor. E porque acredito que é um bom candidato e dará um presidente ainda melhor.
Habituámo-nos a qualificar um outsider como "sem carisma" uma vez que não alinha na agressividade do decadente discurso político tradicional.
A força está no carácter e não nas palavras. Ficarmo-nos pelas palavras é protelar a superficialidade. É sermos básicos. É atentarmos contra a nossa condição de seres humanos, contra a superioridade que reivindicamos. Possuimos duas pequenas características a que chamamos "inteligência" e "sentimento". A primeira permite-nos distinguir o trigo do joio. A segunda tranquiliza-nos a consciência.
Só Fernando Nobre me deixa de consciência tranquila.
Por uma questão de coerência, quero contribuir para a mudança. Dizer que são sempre os mesmos e refugiar-me no voto em branco é, nestas eleições, pior opção do que o voto em Nobre. Num "falso voto de protesto" (visível sobretudo nas eleições europeias), votamos num pequenino e rezamos para que o partido menos mau ganhe.
Quero que Fernando Nobre ganhe no Domingo (ou numa segunda volta).
Não o conheço nem o meu voto tem a ver com o seu passado. Prende-se com o respeito que tem demonstrado pelo acto eleitoral, pelos adversários, pelos eleitores. É com o exemplo que para mim ganha pontos, não com palavras, ou com a falta delas...

Comentários

Ofélia Queirós disse…
embora não compartamos candidato entendo perfeitamente a tua linha de raciocínio. E oxalá as pessoas tivessem uma postura tão simples como a tua. pouparíamos muitas consciências de passarem a vida intranquila etc.. etc...um beijo
António V. Dias disse…
Olá Sónia.
Foi o voto mais fácil em que participei, porque foi também o mais convicto.
Uma lufada de ar fresco neste mundo cinzento que é a nossa política.
Beijinhos