Estamos Vivos!




Em 1972, uma equipa de rugby uruguaia dirigia-se para o Chile, para uma partida contra uma equipa do país vizinho. O avião, com 45 pessoas abordo despenhou-se nos Andes deixando entregues à sua sorte os sobreviventes.
Estamos Vivos conta sua história.
O filme é um hino à capacidade de sobrevivência humana, ao espírito de equipa, à importância da Força, da Coragem, da Esperança, da Fé, sobretudo, da partilha da Fé. A Fé que moveu montanhas e aproximou um grupo de pessoas da condição humana que possuíam, do Deus que julgavam conhecer e do mundo que reaprenderam a amar.
Resistiram à queda do avião em que seguiam, à morte dos companheiros, ao desespero de saberem do abandono das buscas, à avalanche, às condições climatéricas extremas e à fome... o que os levou a tomar a decisão mais difícil das suas vidas.
16 ficaram para contar a história.
Estamos Vivos conta a sua história.
Entre paisagens maravilhosamente tristes, a grandiosidade magnífica de uma região inóspita funde-se com o abismo que separa o pequeno grupo esquecido por anos-luz da civilização. Ethan Hawke dava mais um passo rumo ao estrelato (depois de Clube dos Poetas Mortos). A música carregada de significado apoia um argumento muito seguro e, sobretudo, honesto.
Porque o facto de contar uma história verídica confere ao filme uma intensidade dramática não alcançável de outro modo. Não sei o que é real, mas, certo que nem tudo é mentira, vale a pena viver a experiência limite ocorrida há quase 40 anos calmamente instalado no sofá da sala.
Não fiquei indiferente.
A música final, com a magnífica fotografia como pano de fundo resume o espírito do filme, e o sonho que um pequeno grupo de Homens ousou experimentar, após resistirem mais de 70 dias isolados do mundo para lutarem pela Vida.
Estamos Vivos conta a sua história.

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