Os Chapéus-de-Chuva de Cherburgo


Não tenho por hábito ver musicais com demasiada música… não gosto.
A única excepção havia sido, até hoje, O Fantasma da Ópera… precisamente por ser O Fantasma da Ópera… e por nenhuma outra razão.
Acrescentei hoje uma excepção à excepção já existente: chama-se Os Chapéus-de-chuva de Cherburgo.
Falou-me dele um amigo há meses a propósito de um episódio que vivi. A curiosidade fez com que, pela primeira vez na vida eu entrasse no mundo da pirataria cinematográfica, algo a que tinha conseguido permanecer alheio até… ontem.
Valeu a pena quebrar as regras.

Comédia, Musical, Drama, Romance, … Os Chapéus-de-chuva de Cherburgo é um filme delicioso, é um conto de fadas, é uma história de ontem, de hoje e de amanhã, é um facto da vida, é um hino à vida como ela deve ser vivida, como deve ser entendido que ela traz gostos e desgostos, perdas e oportunidades, atitudes e lições.
É uma fábula. E como todas as fábulas, é mais real que o mais fiel documentário. Porque a fábula, mais do que particular, exprime uma verdade universal.
Belo, leve, cantado do princípio ao fim, acompanhado pela magia da música de Michel Legrand, marco o compasso da banda sonora que me percorre o espírito com o teclar destas linhas… de modo que deixo de conseguir dissociar estas palavras das notas que observei, das cores que me permanecem nos ouvidos enquanto a força de um final inesperado teima em perpetuar-se na minha lembrança por muito tempo…

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