Muitíssimo conhecida, ouvi Aquarela pela primeira num mini-concerto.
Esquecida, foi-me relembrada meses mais tarde e, desde aí, revisito-a periodicamente.
Creio que é um exemplo de inspiração, talento, beleza, sentimento… tudo é transmitido nesta música, neste filme… e tudo parece tão fácil, tão simples, natural (http://www.youtube.com/watch?v=IG1ZU56tsdo).
A letra é inocente? É. E pura também, sem vícios. É uma letra que transporta consigo as coisas mais belas da vida, simplesmente belas. Mas transporta também os enigmas mais desafiantes que se cruzam na nossa vida: a última parte do texto é fantástica.
E a simplicidade é o segredo da sua beleza... a letra é simples, tal como os desenhos que pintam as palavras cantadas a aquarela. Mas esta simplicidade em nada retira a profundidade à mensagem: eleva-a.
A vida é uma aquarela… colorida à medida que é vivida, vamos ziguezagueando em cada momento, tentando construir um quadro que, no todo, faça sentido. O futuro, não sabemos como vai ser (nem mesmo se descolorirá), mas é esse desconhecido que nos permite pintar a vida com o sentido que lhe quisermos dar… pode ser sincera ou não, planeada ou espontânea, colorida ou sem cor, correcta ou incorrecta… e tudo isto explicado com a letra mais simples do mundo, na linguagem que qualquer criança entende.
Não podia ser de outra forma.
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