Tarkovsky vs. Lisbon & Estoril Film Festival

Por que é que as coisas boas acontecem em simultâneo?
Para que não as possamos viver todas?

Descobri hoje que haverá um ciclo dedicado a Andrey Tarkovsky no CCB, o que é bom. Grande parte do ciclo ocorrerá em simultâneo com o Lisbon & Estoril Film Festival, o que é mau.
Já várias vezes tinha ouvido falar deste realizador russo, mas não conhecia nada. Só agora vi que, das 8 longas-metragens que realizou, quase todas elas têm excelentes críticas. Apenas uma não é classificada como muito boa e, curiosamente, é a única que não vai passar no ciclo.
Quem faz poucos filmes e os que faz são bons, denota cuidado, preocupação em fazer bem. Como Kubrick ou Malick, Tarkovsky fez poucos filmes em muitos anos (os 8 filmes foram realizados ao longo de 25 anos).
Mas já me despertou a curiosidade.

Como não me desdobro, terei que fazer um mega-horário e mesmo assim abdicar de alguns filmes certamente. Estes, embora tenham a aparente desvantagem de não serem passados em ambiente de festival (o que até pode ser bom por serem vistos num ambiente mais calmo), possuem a vantagem de serem filmes já consagrados e assim, valores mais seguros

É também por isto que gosto da temporada Outono/Inverno: muito cinema, bom e barato.
Lava a alma e leva-nos quer a sonhar quer a sentir experiências-limite no conforto de uma cadeira almofadada a meia-luz.

PS: Faust, Melancholia, Restless, Le Gamin ao Vélo, Killer Joe, Bir zamanlar Anadolu'da (Once Upon a Time in Anatolia), A Dangerous Method e A Pele que Habito estão garantidos no Lisbon & Estoril Film Festival (fora de competição). Terei mesmo que me desdobrar…

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