Like Crazy

Há quase um ano que esperava a estreia deste filme em Portugal (foi premiado em Sundance no início de 2011). Como tardava em vir, saquei-o.
E se tinha justificadas expectativas a respeito do filme, tinha também a reserva que um filme independente de baixo orçamento transporta: muitas vezes a fronteira entre uma obra-prima e algo que promete muito para, no final, acabar “sem sabor” não está, muitas vezes, bem definida.

Em Like Crazy (não sei que título terá em Portugal), uma história banal rapidamente foge ao mainstream das comédias românticas (é um drama e não uma comédia) e se transforma numa mostra de um certo tipo de relação dos tempos modernos. Talvez demasiado “à frente” para mim, no início, gradualmente fui compreendendo que o rumo que a história tomava era o mais natural. É a realidade vivida de uma forma romântica, no início, mas, porque a vida dá muitas voltas e é feita por seres humanos, as fraquezas e a ocasião vêm ao de cima.
É um filme cujo enredo não é tanto contado pela força dos diálogos mas pela exposição dos sentimentos: é através do que nos é dado a observar no que toca ao que as pessoas desta história vão sentindo, que vamos acompanhando a tendência da mesma. E essa sobreposição do sentimento sobre a história está muito bem conseguida (interpretada?) pelos 3 intérpretes principais, Anton Yelchin, Jennifer Lawrence e, sobretudo, Felicity Jones.

Passado entre Londres e LA, a história de Like Crazy conta-se em poucas linhas: uma jovem inglesa a estudar nos Estados Unidos e um estudante americano apaixonam-se. Ao ficar por mais tempo do aquele que o visto lhe permitia, ela é impedida de regressar aos Estados Unidos. Os 2 iniciam assim uma relação à distância e terão que lutar por um amor que sabem verdadeiro, mas que é posto à prova não só por um oceano e 10 horas de diferença, mas por todas as vicissitudes que o afastamento carrega…

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